Autor: G1
postagem: 02/07/2015 - 16:26:21 COMPARTILHAR
Investigações da polícia de Fernandópolis, em São Paulo, levaram a prisão de uma quadrilha que fraudava vestibulares. Dezoito vestibulandos, que teriam se beneficiado do esquema criminoso, também foram presos.
Computadores, celulares, um ponto eletrônico e documentos usados para fraudar vestibulares foram apreendidos na casa dos suspeitos, em Itápolis, na região de Bauru, e Goiânia. Três pessoas suspeitas de comandar o esquema foram presas.
O ponto de partida das investigações foi um vestibular de medicina, realizado na faculdade em Fernandópolis. A Vunesp, contratada para aplicar a prova, levantou a suspeita de fraude. A partir daí, os investigadores da cidade tiveram ajuda de policiais de outras regiões do país para encontrar a quadrilha que atuava em, pelo menos, seis estados.
A investigação, que começou em outubro do ano passado, foi concentrada na Polícia Civil de Fernandópolis. “O curso preferido era medicina. Detectamos também que haveria fraude em cidades como Uberaba e São João da Boa Vista. Comunicamos as autoridades policiais locais, resultando em prisões em flagrante”, diz o delegado Gerson Piva.
O esquema funcionava da seguinte forma: pessoas contratadas pela quadrilha se passavam por candidatos, faziam a prova, saiam da sala antes de terminar o horário de entrega do exame e passavam as respostas para os integrantes do esquema. O gabarito era repassado por mensagem de texto a quem havia pago.
O delegado responsável pelo caso diz que o bando agia há cerca de 20 anos e cobrava de R$ 40 mil a R$ 60 mil pelo gabarito das avaliações. A polícia quer saber agora quem são as pessoas contratadas para responder as provas e repassar as respostas.
Os estudantes presos durante a investigação pagaram fiança e responderão o processo em liberdade. Um advogado, também suspeito de fazer parte do esquema, está foragido. A Universidade Camilo Castelo Branco, de Fernandópolis, informou que, depois da identificação da fraude, aumentou o número de fiscais e passou a usar detector de metal para impedir a entrada de celulares. Também foi instalado um equipamento que impede a transferência de dados nos locais das provas.
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