Chuva e água turva dificultam o trabalho de resgate em Borborema (SP).
Barco em que estavam virou; pescador diz que vítimas não usavam coletes.

Equipes do Corpo de Bombeiros suspenderam as buscas nesta segunda-feira (9) por Vladimir Teodoro, de 49 anos, e o filho dele, Vladimir Júnior, de 13, que sumiram nas águas do Rio Tietê, em Borborema (SP). Eles estão desaparecidos desde o início da noite de domingo (8), quando o barco em que estavam virou. O trabalho deve recomeçar na manhã de terça-feira (10).

Bombeiros de Borborema, com o reforço de agentes Ibitinga, tiveram que suspender o trabalho por causa da chuva e a água turva do rio, que dificultaram o resgate, segundo o sargento do Corpo de Bombeiros Osvaldo Pereira. “A visibilidade está prejudicada. A água está bastante turva, então é praticamente no tato que as buscas estão sendo feitas”, explica.

Além do tempo ruim e das condições do rio, outra dificuldade que os bombeiros encontraram foi a enorme extensão de uma margem a outra do rio, que é de 2 a 3 mil metros. O jovem que sobreviveu também não sabe precisar o local exato que o barco estava na hora da batida.Os bombeiros fizeram buscas e mergulhadores rastrearam as profundezas do rio em uma área de 300 metros ao redor do incidente.

Segundo informações dos bombeiros, o barco em que eles e o filho mais velho de Vladimir estavam virou após bater em um tronco de madeira. Eles pescavam no momento do acidente e foram arremessados da embarcação com o impacto.

Pescador diz que salva-vidas poderia ter salvado
pai e filho 

O filho mais velho de Vladimir, de 27 anos, conseguiu se salvar nadando até a margem. Apesar de abalado, o jovem auxilia os bombeiros nas buscas na manhã de hoje, mas não quis falar com a reportagem.

Sem coletes salva-vidas
O pescador Dalmo Heber da Silva conta que almoçou com os amigos antes do acidente e afirmou que eles não usavam coletes salva-vidas. “Foi um despreparo. Você vai achando que não vai acontecer nada, mas quando menos espera, acontece essas coisas”, lamenta.

O pescador, que navega de barco pelo rio todos os dias, é amigo das vítimas e contou que Vladimir conhecia bem o rio, mas admitiu que o local oferece muitos riscos de navegação.