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Crer em Coelhinho da Páscoa é artíficio para o aprendizado

Durante a madrugada do dia 25 de dezembro, o bom velhinho estaciona seu trenó no telhado de casa, desce pela chaminé e deposita os presentes debaixo da árvore de Natal. A entrega do Papai Noel, neste ritual anual, é, para a criançada, a recompensa do comportamento exemplar durante os meses anteriores, momento de receber brinquedos pelas boas notas ou roupas pela boa educação com o vovô. Incentivar as crianças a acreditar em personagens fictícios, como o Papai Noel, enriquece o imaginário e favorece a exploração das ideias e do pensamento infantil, segundo a psicóloga e professora da PUC de São Paulo, Ceres Alves de Araújo.

A Branca de Neve e os Sete Anões, A Bela Adormecida, lendas como a do bom velhinho e do Coelhinho da Páscoa são alegorias criadas há muitos anos para passar mensagens de aprendizado. "Essa prática de fantasiar passa de geração em geração e é extremamente saudável para o período de crescimento da criança", afirma Ceres. No entanto, os voos de trenó, a longa viagem do Papai Noel do Polo Norte até o Brasil ou os ovos de chocolate feito por coelhinhos acabam, segundo Ceres, tornando-se inacreditáveis depois de uma certa idade. Quando o pensamento da criança é mais lógico e ela começa a comparar informações, a desconfiança aparece. "Por volta dos cinco anos, os pequenos passam a notar que não é possível voar, por exemplo. O contato com a realidade começa a interferir na fantasia", diz. Essa percepção do real, que tende a ser mais precoce para quem tem irmãos mais velhos ou maior contato com o mundo virtual, instiga a curiosidade. Quando chega este momento da revelação, como os pais devem agir? Esta é a hora de assumir a inveracidade dos contos e reconhecê-los como metáforas do aprendizado. "As crianças vão entender que, por trás da história do Papai Noel, há a mensagem da solidariedade, que é época de presentear as crianças carentes, os órfãos", recomenda Ceres.

O mundo da fantasia é um artíficio muito rico para o aprendizado da criança, com histórias específicas para cada mensagem desejada pelos pais. Porém, há restrições. A valorização de contos assustadores é, para Ceres, desnecessária. "Usar a ameaça é uma péssima estratégia para educar as crianças". Outra prática desaprovada pela psicóloga é a tentativa de suavizar algumas lendas, como Curupira, Saci-Pererê e Lobo Mau. "Transformar figuras tradicionalmente malvadas em personagens bonzinhos não é bacana. Não existe Batman sem um Curinga, nem Homem-Aranha sem um Venon. É importante para a criança saber distinguir entre o bem e o mal", conclui.

Autor: Portal Terra/Vida de mãe


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